quarta-feira, 14 de julho de 2010

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Festa Anual Ano 2010

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Gemunde - 4475-130 Gemunde-Maia

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A Lenda da Campa do Preto




A campa do preto, fica situada na freguesia de Gemunde no lugar do mesmo nome no concelho da Maia. O seu jazigo fica á margem da estrada que liga Castêlo da Maia á Vila de Matosinhos.




Um preto de pura alma branca cujo o nome se perdeu. Servia em casa de um fidalgote que o tempo e a lenda empurraram singularmente para o anonimato.




O tempo mas não muito que os nosso antepassados situam a acção da história em torno de 1790.




Hà os que dizem Santo Preto, porém a lenda que envolve o principal protagonista desta história não são auferidos ao africano quaisquer tipos benesses sobrenaturais em beneficio proprio ou de terceiro.

Pois em 1790 existia um solar em guilhabreu, Vila do conde ( donde dista 11km).

alguns historiadores são de opinião ter sido esta casa o berço de Gonçalo Mendes, o Lidador da Maia.


Pois nessa casa(e agora entramos na lenda através da sua versão mais corrente) vivia um fildagote provinciano, e com todas as caracteristicas, permita-se o pleonasmo de fidalgote provinciano com a agravante de ser setecentista, se acaso ser setecentista constitui agravante. Dotado de instintos primários à flor de pele, percorria os seus campos e aldeias á procura de uma nova donzela para dar novo tom aos seus fastidiosos momentos ocasionados pela notável arte de não fazer nenhum.


vamos, pois, surpreendê-lo num dia em que conseguiu arrasstar até à sua solarenga mansão uma donzela aldeã de rosto formoso, de corpo bem formado, longas tranças e olhos castamente baixos. De sala em sala, ao longo dos corredores conseguiu levá-la até aos seus aposentos mais íntimos. Tiranetezinho de trazer por causa, tentou seduzi-la mas os seus modos canhestros lograram apenas a repulsa da jovem. E o fidalgote não esteve com meias medidas. A intenção era violentá-la. E se intentou com presteza, mais rápida foi a moça ciosa da sua honra, que fugiu. Fugiu internando-se sem alternativa numa grande seara de trigo.

Enraivecido pelo malogro das suas intenções, o fidalgote jurou dupla vingança. E chamou o seu criado negro. A ele e aos outros criados. Que queimassem a seara. Logo os criados, de archote em punho se lançaram na periferia da seara a incendiá-la. O criado preto apagou o archoote e assim uma zona da seara demorou mais tempo a arder, por ali se encaminhou a donzela fugindo.


Derrotado o fidalgote chamou o preto:

- Desobedeceste-me!

-Patrãozinho, eu não podia queimar o pão nem a menina. A maldição cairia sobre nós...

-Bem, não vais voltar a desobedecer-me.

-Pois não, patrãozinho. Desculpe-me sim!

-Aparelha-me o cavalo que eu vou á festa da senhora da hora!

-Muito bem, eu aprelho patrãozinho.


Montado, instantes depois no seu alazão, o fidalgote passou uma corda em torno do pescoço do escravo preto e amarrou outra à sela.


- Agora vais acompanhar-me, rapaz.

-Sim patrãozinho eu obedeço.

E o fidalgote lançou o cavalo à desfilada. A estrada para Senhora Da Hora passava por Gemunde. Ao principio, o preto corria, mas depois soçobrou fatigado. Corpo caído e sacudido entre as pedras. O fidalgo esporeava a sua montada e o desgraçado do preto morto dos primeiros encontrões nos rochedos, ia ficando com o cadáver retalhado pelo caminho. Desmembrado da maneira mais horrivel.

O bom povo dali apercebeu-se do que se passava e lançou-se, multidão amoitada e a pé em perseguição do fidalgote assassino.

Pelo caminho iam recolhendo os pedaços do desgraçado. Em Gemunde encontraram a cabeça do pobre preto. Apercebendo-se de que o cadáver estava completo. Logo lhe deram sepultura, amaldiçoando os fidalgos do patrão infame.

Lugar de lembrança de um preto martirizado, assim ficou a Campa do Preto.

À volta desta campa o povo faz as suas preces, reza ajoelha-se e tem o preto como Santo. Como forte testemunho diz-nos a pedra de cobertura do mausoléu assim como cruzeiro estes datados de 1883 e 1892 promessa feita pelos pescadores de Matosinhos nas horas aflitivas de vendavais.


Marcos importantes

• 1930 – Inicio da construção da Sede realizada pelos fundadores e com a particularidade que só se trabalhava ao fim de semana.
• 1932 – Inauguração da Sede Social
• 1932 – A 18 de Janeiro aprovação e registos estatutos no Governo civil do Porto pelo Governador Major Fernando Moreira de Sá
• 1942 – Excomungação da Festa da Campa do Preto
• 1943 – Durante sete anos que as Bandas de Musica actuavam sem farda
• 1950 – A banda da Foz – Porto foi a primeira actuar com farda e sem medo da excumunhão
• 1958 – Lançamento de um pequeno livro que continha os estatutos e identificação do Sócio
• 1959 – Gomo de terreno adquirido a Dª Lucília Frazão Teixeira do Concelho de Matosinhos
• 1959 – Construção da Avenida da Campa do Preto realizada pela Câmara Municipal da Maia e com a particularidade de ser larga para haver espaço para os feirantes que ajudam a realizar todos os anos a Festa da Campa do Preto
• 1989 – A 23 de Setembro realização de uma reunião de Direcção para dar inicio a negociação do terreno existente na Avenida da Campa do Preto pose facilitar a construção de uma Urbanização
- A dezoito de Outubro a Direcção reuniu e deliberou:
- Associação irá ceder o terreno
- Em troca a Associação recebe uma área de terreno de 100m2 em encargos e ónus
• 1990 – A 26 de Outubro remodelação dos estatutos e registados no Notário de Vila do Conde
• 1993 – Dezembro foi lançado no novo logótipo da Associação
• 1993 – Inicio das obras de remodelação da Sede e construção do bar da Associação
• 1994 – A dois de Junho inauguração do bar e da nova Sede
• 2001 – A quatorze de Fevereiro foi feito a escritura dos terrenos existentes na praceta Januário de Jesus Teixeira
- A seis de Março Registo dos terrenos na Primeira conservatória do registo predial da Maia
• 2003 – A vinte e cinco de Julho foi inaugurado o restauro do edifício da Associação da Campa do Preto com a presença do Presidente da Câmara Municipal da Maia, Eng.º António Bragança Fernandes
- Instalação da Agua e saneamento sendo uma oferta da Câmara Municipal da Maia, presidida pelo Eng.º António Bragança Fernandes
• 2004 – Restauro da casa anexa a Sede para salas de estudo ou outros fins
• 2005 – Lançamento da imagem do “Santo Preto” em porcelana e o CD com a música e a lenda cantada em fado
• 2007 - Lançamento de um DVD dedicado ao "Santo Preto"

Associação Beneficente da Campa do Preto


No ano de 1930 existiu neste lugar uma velhinha entrevada sem qualquer familia e muito pobre: a tia Maria Pinha. Os homens bons desta freguesia fizeram um barraquinho em madeira para albergar a pobre Pinha. Tambem arranjaram uma pobre benemérita senhora a quem estava entregue todo o cuidado: a tia Apolónia, esta senhora modesta e seria a socorria a doentinha com os donativos da caixa da campa do preto, quando estes insuficientes os homens de coração abertos da nossa terra repunham das suas algibeiras.

Assim nasceu a Associação Beneficiente da Campa do Preto. Tendo edificado um belo edificio, sede, como padrão levantado a favor da pobrza. Instituição superiormente aprovada em 18 de janeiro de 1932.


com o fim de:

1º socorrer mensalmente todos os associados na invalides enquanto viver.



2º socorrer mensalmente todos os associados por desastre de trabalho ou fora dele.



3º socorrer mensalmente todos os associados na invalides temporaria por qualquer dos motivos citados.



4º distribuir donativos a casas de caridade anualmente.




5º distribuir anualmente donativos aos pobres orfãos e viuvas da freguesia de Gemunde, por ocasião da festa social a qual tem lugar no primeiro domingo de junho de cada ano. ( A Romaria da campa do Preto).